A Sociedade

DESAFIOS A SEREM SUPERADOS

No mês de Março de 1.998, após algum tempo em que a Sociedade esteve fechada e sabendo que ela passava por dificuldades, um pequeno grupo de amigos que já tinha no passado uma ligação forte com esta entidade, resolveu assumir a tarefa de reorganizar e tentar sanear as dívidas e colocar esta entidade no seu caminho.
Como tudo no início é muito difícil, este pequeno grupo foi buscar a ajuda de outras pessoas ligadas pelos laços de amizade, as quais prontamente atenderam ao chamado e assim começou o trabalho. No início, esta agora já empossada diretoria procurou melhorar as condições físicas de trabalho e direcionar as atividades para o social, alugando seu salão e procurando ajudar as instituições próximas, como as escolas, creches e capelas.

A vocação da entidade começava a despontar.

Mas, apenas este trabalho não era suficiente, a diretoria estava com planos maiores, queria aumentar a estrutura física, porém, esbarrava nos problemas da atual construção que contava com diversas reformas e pequenos aumentos efetuadas nos últimos 80 anos, sem o devido planejamento.
Era Preciso sonhar e como disse Nizan Guanaes em um discurso “Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a capela sistina por dinheiro. E geralmente os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. Colabore com seu biografo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, acomodando-se, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tenho consciência de que cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz dentro de si uma revolução. Que é mais do que sexo e dinheiro.”

Pois bem, sonhamos juntos. Com as poucas condições que tínhamos resolvemos desmanchar aquela já desgastada construção e de posse da planta reerguemos outra, com melhores condições.

Iniciamos a demolição. E aqui cabe ressaltar o trabalho de uma pessoa que para nós é muito querido, nos momentos difíceis, nos momentos em que se fica solitário nas decisões de peso ele sempre foi conselheiro firme e nos deu o apoio necessário para seguirmos em frente, estou falando do Alcemir Carlos Chapiura que infelizmente nos deixou sem poder assistir a conclusão dos trabalhos, porém onde ele estiver temos certeza que estará sempre nos acompanhando.

Com a sociedade demolida ficou apenas o terreno e nesse momento ouvimos diversas pessoas comentarem que a obra não sairia e que a sociedade de 80 anos jamais seria reconstruída.

Enfrentamos as adversidades, lutamos, efetuamos a regularização e venda de alguns terrenos da sociedade, o que nos deu a base para início da obra.

Fizemos diversas Rifas, Almoços, bingos, inclusive com o auxilio da paróquia de São Braz a qual agradecemos.

Verificamos que as necessidades eram bem maiores e que precisávamos de mais empenho de cada participante do grupo, tivemos algumas promessas de recursos que não se concretizaram, não nos deixamos abater, lutamos pelos nossos objetivos e hoje conseguimos, embora ainda não completamente concluída, estamos realizando todos os eventos na nova sede.

Porém não é hora de se acomodar, precisamos dar seqüência na obra, precisamos conclui-la, pois temos outros objetivos, objetivos sociais, neste momento já estamos atendendo em convenio com o posto de saúde de São Braz a aproximadamente 100 pessoas, diabéticos e hiper-tensos, que fazem um trabalho aqui na sociedade coordenadas pelo pessoal do Posto de saúde. Temos um outro sonho que é fazer aqui um curso de informática inteiramente gratuito para as pessoas de nossa comunidade. Os voluntários estão a postos e os equipamentos já conseguimos através de doações, tenho certeza que em breve este sonho se realizará.

Ao falarmos na Sociedade certamente estamos falando de sua diretoria, conselheiros e colaboradores que vem incansavelmente contribuindo para que a entidade se consolide, trata-se de pessoas que possuem um desprendimento extraordinário, pois deixam suas famílias, seus afazeres pessoais para participarem desta festa que é construir, participar, enfim viver o social e fazer aquilo que traz a remuneração da alma e do espírito.

Quando falamos em desprendimento e dedicação certamente não podemos esquecer estas mulheres maravilhosas que são nossas companheiras do dia a dia e que quando temos uma festa trabalham a semana toda e principalmente no sábado e domingo para que as coisas aconteçam. Para representar estas maravilhosas mulheres, rendo aqui uma homenagem e um agradecimento público à minha companheira BETE que tem sido incansável junto com as demais no trato das coisas da sociedade.

mulheres

Por último quero agradecer aos meus companheiros de diretoria, pois foram eles que através de seu esforço, boa vontade, e sentido de grupo, fizeram com que pudéssemos manter esta entidade com suas atividades de lazer e ações sociais, que para nós é motivo de muito orgulho, pois as dificuldades são enormes em todas as comunidades.

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